Dourados no corrico: tudo o que você precisa saber!


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Dourados no corrico: tudo o que você precisa saber!

Vá preparado para pescar nesta modalidade se for em busca dos grandes exemplares do país vizinho

Por que fazer pescas de dourados no corrico?

 Uns acham que é “chato”, outros acham que é “produtivo” e tem gente que tem curiosidade para saber como funciona.

O corrico é uma modalidade muito usada nas pescarias oceânicas , mas também tem seus resultados positivos na pesca de dourados na província de Corrientes, na Argentina.

Nesta região os fãs dos “reis do rio” sabem bem que os dourados são mais “manhosos” e nem sempre as técnicas rotineiras usadas em nossos rios são úteis.

Então a necessidade de saber o que é corricar, ou “hacer trolling” como dizem os guias argentinos.

Pensando nos milhares de pescadores brasileiros que procuram o país vizinho em busca dos grandes dourados, separamos algumas dicas e detalhes do corrico no Rio Paraná para que você não seja surpreendido.

Se você tem viagem programada para Paso de La Patria, Ita Ibaté, Itati, Ituzaingo  e outras cidades correntinas, vale a pena conferir!

Dourados no corrico: tudo o que você precisa saber!
Dourados no corrico: tudo o que você precisa saber!

Quando o corrico é empregado?

O nível e as condições d’água são dois fatores que irão determinar se você irá corricar ou não. Os guias argentinos vêm se aprimorando a cada dia na técnica e costumam trocar informações com outros profissionais para saber o que fazer. Se o nível d’água for considerado satisfatório e a água estiver mais limpa, sem dúvida o guia irá oferecer esta modalidade. Vale a pena experimentar e acatar a sugestão, porque é um sinal positivo de que um douradão pode ser capturado a qualquer momento. Verdade seja dita: nem sempre os exemplares que atacam a isca são os bitelos de mais de 10 kg. Um dourado a partir de 4 kg tem tamanho e força suficientes para atacar o plug ideal para o corrico.

A outra questão determinante é se os dourados estão atacando os cardumes de pequenos curimbatás, piaparas e peixes forrageiros. Nesta situação os grandes predadores são facilmente atraídos pelas iscas usadas no corrico por conta da semelhança e por simular uma “presa deslocada” e fácil de ser abatida.

O que eu devo levar?

Consulte se a sua pousada aluga ou até empresta o material usado para esta modalidade. Caso contrário preste muita atenção no tipo de equipamento de pesca  que deve levar.

Vara: A vara deve ter tamanho superior a 6’ (não é regra, mas garante o poder de alavanca e de fisgada maior). A ação deve ser moderada para que a isca trabalhe com mais sutileza, sem ter o efeito retardatário de uma vara mais dura e mais rápida. Fique atento à qualidade dos passadores, já que eles devem ser próprios para sustentar a força das linhas de multifilamento. A libragem pode variar de 20 a 40 lb.

Linha: para a isca atingir uma profundidade adequada com mais rapidez os guias recomendam sempre o uso das linhas de multifilamento de espessuras 0,22 a 0,25 mm. Este material também favorece uma melhor fisgada. Abasteça sua carretilha ou molinete (ambos devem ter boa taxa de recolhimento) com no mínimo 200 metros.

Líder: o empate de aço pode ser substituído por uma linha de fluorcarbono de 50 lb. Vai do gosto. No entanto, ambos devem ter mais de 60 cm de comprimento.

Iscas: os modelos mais apropriados são os de fabricação argentina, já que estes foram desenvolvidos propriamente para a região. As marcas mais usadas são Cucu e Alfer’s. Sempre são empregados os plugs de barbela longa, os quais podem até tocar o fundo ou mergulharem na meia água de acordo com a situação da pescaria. Se você tiver plugs para a pesca de anchova no corrico, por exemplo, eles podem ser bem úteis. De modo geral não se preocupe em levar este tipo de isca artificial. Se não tiver pode adquiri-lo na própria Argentina, na pousada ou fazer um empréstimo. Os guias geralmente têm tudo pronto: o líder com o snap adequado e as iscas separadas e já testadas.

Confie no seu guia, pois ele é quem está todos os dias no rio e conhece os melhores pontos. Se possível, pergunte ao dono da pousada qual dos guias mais gosta de pescar de corrico, pois em Corrientes cada guia gosta de um determinado peixe, ou de determinada modalidade de pesca. Pescar com um guia que realmente goste de corricar é um grande passo.

Macetes e segurança : Esse é um tópico importante. O corrico consiste em a isca artificial ser rebocada com o movimento do barco. O motor funciona lentamente. Quando o ataque ocorrer o guia irá acelerar, fazendo com que a fisgada seja confirmada.

Você também pode fazer o movimento para que as garateias possam perfurar a forte estrutura óssea da boca do dourado. Se preferir, peça para o guia não acelerar a embarcação no momento do ataque. É importante o pescador permanecer sentado. Não fique em pé e segure firme seu equipamento, já que ele pode parar na água se você estiver “cochilando”. Os ataques são sempre “explosivos”, fortes e surpreendentes. Se o seu amigo ou você capturar, não mantenha as linhas na água para evitar os inconvenientes enroscos.

Priorize quem fisgou, a menos que haja um dublê. Uma dica importante é sempre verificar a ponta da vara. Se ela estiver vibrando significa que a isca está “trabalhando corretamente”. Caso contrário, estando estática (dura), recolha e verifique se a linha está presa a garateia, se o snap está correto, ou se não há algum problema. Mantenha sempre a fricção bem regulada e nunca totalmente fechada para evitar a quebra da linha ou até mesmo da vara.

Fonte : revistapescaecompanhia.com.br



Informações importantes para se pescar na Argentina na Pousada La Regina

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